sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Literatura. Resumo da obra amar, verbo intransitivo.

Resumo

Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade, conta a passagem de uma suposta professora de Alemão à casa da família Sousa – uma família católica, mas cheia de mistérios e contradições. O enredo começa quando Sousa Costa contrata Elza para ficar em sua casa para ser professora do seu filho. Elza muda-se então para a casa, se fazendo passar por professora de alemão. Porém, a sua verdadeira missão é ensinar a arte de amar para Carlos, filho mais velho de Sousa e ainda inexperiente.
Elza, que a partir de então passa a chamar-se de Fräulen, começa a praticar aulas de alemão com Carlos e suas irmãs. No começo, Carlos não se anima com as aulas e não se aplica, pois ainda não mostra interesse por Fräulen, o que a deixa preocupada, já que nos seus trabalhos anteriores os meninos mostravam interesse mais rapidamente. Mas ele, ao reparar a inexplicável beleza de Fräulen, começa a se interessar pelas aulas e pela professora. Quando Fräulen percebe esse interesse de Carlos, regride em suas insinuações, já que seria essa a regra para fazer nascer o amor. Com esse interesse, Carlos passa a modificar sua postura, ficando mais em casa, e pede para que Fräulen lhe ensine piano e até a costurar, para mais tempo ficar ao lado dela.


Fräulen parece fazer parte da família de tão íntima que se torna de todos os membros. Entretanto, D. Laura ao perceber o interesse de Carlos pela professora e, sem saber da história, pede à Fräulen que deixe a casa. Fräulen vai até Sousa para perguntar o porquê que não contara a D. Laura o verdadeiro motivo de sua estadia na casa. Sousa conta tudo para D. Laura. Porém, Fräulen, por orgulho, decide ir embora. Entretanto, ela não queria e sofre com isso; não por amor, mas por não ter rumo. D. Laura e Sousa iniciam uma discussão sobre a permanência ou não de Fräulen na casa. Mesmo sem muito interesse de ambos, Sousa pede a Fräulen que fique e ela aceita.


Fräulen, com o consentimento agora de D. Laura, insinua-se durante a aula mais diretamente para Carlos. Ele hesita, por não saber o que fazer. Porém, ele pede para ela se aproximar novamente e a beija. Carlos vai à noite ao quarto de Fräulen e os dois tem a primeira noite de amor, que se repete algumas vezes até que Sousa, D. Laura e Fräulen decidem que o romance deve acabar de uma maneira trágica: com um susto. D. Laura suspira; já estaria acostumada com a presença de Fräulen na casa. O dia então chega; Carlos estava no quarto de Fräulen quando Sousa e D. Laura os flagram. A primeira reação de Carlos é afirmar que se precisar, ele casa. Sousa conta a verdadeira intenção com que Fräulen foi contratada. Carlos se assusta com a possibilidade de Fräulen ter ficado grávida, mesmo ela não estando. Mesmo assim, após toda a revelação, Carlos vai procurar Fräulen em seu quarto. Ela não abre a porta.

 Na hora de ir embora, Fräulen pede para se despedir de Carlos. Ao se despedir, ela o beijou na testa, num sinal de respeito e chora. Carlos fica diferente após a partida de Fräulen – tornara-se homem. O sofrimento causado pela partida de Fräulen demora muito para passar. Mas passa. Carlos vai ao teatro, conversa com amigos, segue sua vida. Depois de anos, se reencontram de longe no carnaval; Carlos acena para Fräulen, mas sem sentimentos.

Contexto

Sobre o autor
Em 1893 nasce em São Paulo Mário de Andrade. Além de romancista, Mário também fez inúmeras pesquisas sobre o folclore brasileiro, foi professor de música e um dos maiores poetas da literatura brasileira. Organizou em 1922 a Semana de Arte Moderna, que busca as raízes e caminhos para a literatura nacional. No mesmo ano publica Pauliceira Desvairada, que é considerada o início das obras modernistas. Além dessa obra, outro marco na carreira de escritor foi a publicação de Macunaíma, em 1928. Quando vivo, não foi reconhecido devido a sua postura crítica diante do regime da ditadura. Apenas anos depois foi justamente reconhecido. Morreu em 1945.


Importância do livro
Publicado em 1927, Amar, verbo intransitivo recebeu muitas críticas por tratar de um assunto polêmico que era vivido pela sociedade em geral, mas não era discutido claramente. Com críticas sociais e comportamentais, a obra narra o envolvimento de um jovem de família de posição social com uma alemã mais velha contratada, chocando a sociedade e transformando Mário de Andrade num alvo para críticas. Anos depois e até os dias atuais o livro é lido, tanto pelo sua qualidade como pela sua irreverência e pioneirismo.

Período histórico
O livro Amar, verbo intransitivo foi escrito entre o período de 1923 e 1924 por Mário de Andrade e pertence a chamada primeira fase do Modernismo brasileiro. Os vanguardistas da literatura modernista tinham como objetivo o término de vestígios parnasianos e simbolistas. Os modernistas buscavam reafirmar a nacionalidade e através de inovações linguísticas, lançaram novos caminhos para a literatura brasileira.

Análise

Amar, verbo intransitivo, obra do modernista Mário de Andrade, é transgressor à sua época por várias características. Uma delas é a ambiguidade que permeia todo o livro; começando pelo seu título. Amar, sendo um verbo transitivo, apresenta para o narrador outro significado; é intransitivo. Fräulen desperta o amor de Carlos para que ele pudesse aprender a amar, não importando a quem, ou que isso tudo fosse uma invenção. Além disso, o subtítulo do livro é Idílio, onde os enamorados se amam reciprocamente, o que não ocorre no livro, já que Fräulen não expressa nenhum sentimento maior por Carlos.
Outro ponto imprescindível para observar é o emprego da linguagem coloquial utilizada pelo autor já na década de 30. O uso de pontuação é de acordo com a necessidade e intenção do autor, que não segue fielmente a regras gramaticais. Além disso, apesar de o narrador ser em terceira pessoa e conhecedor dos sentimentos e ações dos personagens, o autor se manifesta diretamente no livro através de pausas no enredo para dialogar diretamente com o leitor. Há discussões sobre temas sociais, como as diferenças comportamentais entre alemães e brasileiros, há também reflexões sobre a língua portuguesa e questionamentos de quantos leitores o livro teria.
Os personagens do livro possuem características insignificantes, ou seja, nem qualidades nem defeitos que chamem a atenção. Além disso, se preocupam com os preceitos da sociedade em que vivem; muitas vezes mais do que a realidade. Fräulen aparece como uma mulher alemã de características ímpares, que leva sua profissão de “professora do amor” com dignidade e orgulho. Apesar de ser uma mulher fria e calculista, Fräulen sonha imaginando um amor perfeito e por ser isso impossível, não deseja viver um amor real. Já Carlos é um menino inexperiente que desabrocha pro amor com a chegada de Fräulen. Sem saber da verdadeira história, se envolve e nutre um amor puro, inconsequente e fugaz. Quando Sousa Costa conta para seu filho a finalidade que Fräulen fora contratada e ela vai embora da casa, Carlos sofre durante bastante tempo. Porém, como ainda é jovem e incentivado pelo pai, começa a sair com seus amigos e a se divertir. Esquece o sentimento por Fräulen.

Personagens

Sousa Costa: patriarca da família. Possui um passado misterioso – cheio de segredos. Preocupado com o filho, contrata Elza para ensiná-lo a tomar cuidado com os perigos que a vida pode oferecer no ramo do amor.

D. Laura: Possui também seus mistérios antigos. É mãe dedicada e preocupada com seus filhos, e ao descobrir que seu marido contratara Elza para iniciar sexualmente Carlos, pensa que é o melhor para ele nesse momento e concorda com a decisão do marido.
Fräulen Elza: Alemã, com 35 anos, é contratada como suposta governanta da casa. Porém, sua verdadeira missão é fazer com que Carlos inicie sua vida sexual, passando por aprendizados que lhe servirão para sua vida com outras meninas.

Carlos: Com 16 anos, possui um lado infantil, onde brinca com suas irmãs mais novas e é retratado a todo tempo pelo narrador como machucador. Após a experiência com Fräulen, amadurece bastante e encerra o livro como um jovem maduro, pertencente e praticante da sociedade burguesa.
Aldina: irmã mais nova de Carlos. Tem 6 anos.
Maria Luiza: está sempre doente. Durante uma de suas doenças, Fräulen cuida dela como se fosse sua mãe. Tem 13 anos.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Relato sobre a participação “Empreendedorismo em dois tempos"

A faculdade Sete de Setembro no dia 31 de outubro realizou uma palestra vinculada para todos os cursos da instituição. A ministrante da palestra Marta Ayres abordou a conduta diante os aspectos sociais, pessoais, e profissionais ligado ao empreendedor. Uns dos questionamentos feito foi sobre o que nós como seres humanos podemos melhorar para sermos pessoas melhores diante ao caos de hoje em dia. 

A palestra foi muito motivacional pois vários jovens de diferentes cursos se identificaram bastante com as questões abordada. Pois bem é o jovem de hoje me dia que está carregado na questão de idealização e para o nosso país é um inicio de uma condição muito boa no entanto a iniciativa parte do interesse de mudar algo que não esteja legal, de estabelecer um novo horizonte para um projeto que queira colocar em prática e para isso é mais do que necessário querer fazer algo para avançar sem se preocupar com os outros a respeito de suas ideias. 

Uma outra questão é que frequentemente ficamos na insegurança de partir para uma nova ideia e o essencial para este caso seria a confiança em si próprio para que exista um caminho a seguir. A caminhada do querer realizar" seja talvez o medo de errar pois todos em algum momento da vida se entregamos ao medo do desconhecido. 

A característica forte diante o empreendedorismo é que a sociedade a pouco tempo vem se acostumando ainda com o ato de fazer, idealizar, e construir. Hoje em dia o nosso exercício pela prática está ligado mais a interesses pessoais mas também os interesses devem ser coletivos para uma união e troca de experiências pois precisamos do outro até mesmo para seguir uma sugestão. 


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Realidade Do Curso De Letras No Nosso País.

O curso de Letras no Brasil tem varias modalidades na grade, pois bem podemos escolher quaisquer estilo para começar a graduação. O profissional em Letras pode atuar em escolas de redes privadas e públicas no ensino fundamental e médio. Para quem pensa que o profissional em letras poderá apenas trabalhar como professor, se engana pois a outros campo de atuação para este profissional como editoras de jornal e revistas que trabalha na edição e revisão de textos. Porém o campo de trabalho que têm mais carência são as escolas do nosso país na qual oferece mais oferta de empregos com salários variados. Desse modo no Brasil o curso de letras é vinculado mais para quem tem interesse de lecionar pois bem no curso aborda as principais matérias: Psicologia, literatura, filosofia, informatica, língua portuguesa, e sociologia

As aplicações dos recursos de informática na educação, uso da Internet, softwares educacionais

Com o avanço da tecnologia nas últimas décadas, principalmente dos computadores, discuti-se cada vez mais a utilização de recursos da informática na educação. 

Aplicação dos recursos de informática na educação 

Muitas escolas do Brasil já possuem um laboratório de informática com acesso à Internet, softwares educacionais e programas básicos (editores de texto, programas de edição de imagens e apresentações, planilhas de cálculo, etc). Porém, basta ter os recursos? Como utilizá-los de maneira a garantir o desenvolvimento do aluno? Estas são apenas algumas questões levantadas por educadores brasileiros.

Em primeiro lugar, temos que partir do princípio de que o computador é apenas uma ferramenta. Sozinho, não é capaz de trazer avanços educacionais. Uma escola que resolve utilizá-lo como recurso didático necessita de bons professores, preparados e treinados, para utilizar os recursos oferecidos por este sistema tecnológico de forma significativa. 

Colocar qualquer software para os alunos usarem não gera aprendizado. É importante que a escola tenha um projeto pedagógico que envolva a utilização do computador e seus recursos. O aluno não pode ser um mero digitador, mas sim, ser estimulado a produzir conhecimentos com o uso do computador. Neste sentido, o professor deve agir como um orientador do projeto que está sendo desenvolvido.

O uso da Internet também é um caso importante. De nada adianta pedir para um aluno fazer uma pesquisa na Internet sem as devidas orientações. Cabe ao professor instruir os alunos para que estes não façam simples cópias de textos encontrados em sites. Apenas copiando, os alunos não vão aprender. As orientações devem ser no sentido de como elaborar uma pesquisa, como encontrar sites confiáveis, como gerar conhecimentos com o material pesquisado, etc.

Outro ponto importante é o incentivo à criação. O aluno não deve ser colocado de forma passiva diante do computador. As ferramentas tecnológicas devem servir de base para a criação. Uma planilha de cálculos, por exemplo, pode ser usada para um trabalho de Matemática com dados estatísticos, criando fórmulas e gerando gráficos. Um editor de textos pode ser usado para a criação de um jornal com notícias e informações sobre o conteúdo de uma disciplina. Um programa de apresentação (PowerPoint) apresenta inúmeras possibilidades na elaboração de aulas com imagens, sons e outros elementos multimídia.

O importante ao utilizarmos recursos de informática na sala de aula, é não transformar a máquina na principal figura educacional. Professores e alunos devem assumir o papel de principais personagens e usar criatividade, raciocínio e atitudes ativas para a produção do conhecimento. Somente desta forma, o aluno estará se preparando para o mercado de trabalho e para a vida.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O desafio de usar a tecnologia a favor do ensino


Não restam dúvidas sobre a intensa presença da tecnologia no dia a dia dos jovens – uma geração que já nasceu conectada com o mundo virtual – e os impactos que esse novo perfil de aluno traz ao ambiente escolar. Esse contexto lança o desafio para escolas e professores sobre como usar os novos recursos tecnológicos a favor do ensino. Lutar contra a presença deles não é mais visto como uma opção.
“Estamos no século 21, não tem como dar aula como se dava há 10 anos”, diz Glaucia Brito, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em Tecnologia na Educação. Para ela, a escola está atrasada. Os jovens são outros e os professores precisam se transformar para seguir essa mudança.
O uso da tecnologia pode ser proveitoso no estudo interativo de conteúdos, tornando-os mais atraentes e fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa. No Colégio Dom Bosco, em Curitiba, tablets e netbooks são fornecidos aos alunos desde o 6.º ano do ensino fundamental. “A ideia é tentar falar a mesma linguagem [dos alunos]. Não adianta ser diferente em casa. Trabalhamos o uso responsável”, explica o professor de Física e coordenador de Tecnologias, Raphael Corrêa.
A escola trabalha de duas maneiras: recorre a objetos educacionais digitais, como vídeos, animações, imagens e infográficos, para dar suporte às aulas, e estimula a pesquisa dos alunos na internet, com a orientação do professor sobre como encontrar a informação desejada de forma segura e a partir de fontes confiáveis. Entretanto, não são só benefícios que os dispositivos móveis trazem. O colégio controla o uso quando a aula não necessita dos aparelhos e bloqueia o acesso às redes sociais, os principais vilões quando o assunto é distração.
“Tem professor que reclama que os alunos não prestam atenção, ficam só no celular. Mas, na minha época, por exemplo, nos distraíamos com gibi. A questão é como está a aula do professor”, avalia Glaucia, que defende ser possível dar uma aula de qualidade e atraente mesmo sem usar aparatos modernos.
Envolvimento
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No Colégio Sion, a tecnologia é mais usada pelos professores, embora os alunos também usufruam em determinados momentos. Para a coordenadora do ensino médio, Cinthia Reneaux, é preciso fazer com que o estudante participe do processo, saiba contar o que aprendeu. “Para não ficar muito no virtual, fazemos muitos seminários, debates e pesquisas. Tentamos resgatar o diálogo, a conversa e discussão entre eles”, explica Cinthia, citando o formato semicircular na disposição das carteiras nas salas para facilitar o método.

fonte:http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/o-desafio-de-usar-a-tecnologia-a-favor-do-ensino-ealmosyp83vcnzak775day3bi